Como pai de uma menina de dez anos, os últimos meses têm sido desafiadores. Diante das más notícias e adversidades, como qualquer pai, tenho me esforçado para garantir que tudo vai ficar bem; que farei o possível para tornar o mundo um lugar melhor para ela.

No entanto, como líder de um negócio voltado à gestão de dados e análises, continuo sendo um otimista convicto.

Ao longo da minha carreira, testemunhei a evolução constante da ciência que conecta dados a resultados. Desde os primeiros dias dos armazéns de dados até a geração atual de arquiteturas digitais de negócios, nossa capacidade de aplicar tecnologia de forma flexível a problemas inéditos nos momentos mais críticos foi completamente transformada.

Vejo sinais cada vez mais claros, mesmo em meio às adversidades atuais, de que nós, humanos, estamos começando a nos destacar na criação de um novo valor a partir dos exabytes de dados gerados por bilhões de dispositivos conectados. O machine learning e a inteligência artificial estão nos ajudando a domar essa imensidão de dados, permitindo-nos compreender padrões e comportamentos para que possamos colocá-los a serviço de poderosas formas de inovação.

Talvez o melhor de tudo seja que essa grande capacidade de resolver problemas em tempo real não está mais restrita a poucos. Hoje, esse poder está nas mãos de especialistas e inovadores de diversas áreas e origens, que colaboram para enfrentar os desafios mais complexos do mundo atual.

Assim, os dados estão contribuindo para:

  • Acelerar descobertas médicas, incluindo a investigação de questões ainda não resolvidas da COVID-19, viabilizada por tecnologias de integração e análise de dados.
  • Otimizar o cuidado com a saúde e a qualidade de vida, por meio da detecção e tratamento rápidos de doenças, utilizando informações médicas acumuladas e em tempo real.
  • Promover a mobilidade sustentável, com veículos elétricos autônomos, transporte público conectado, estradas inteligentes e muito mais.
  • Tornar a produção mais sustentável e reduzir o desperdício, garantindo que bens e serviços sejam criados e entregues apenas quando necessário, na quantidade certa e no local certo.

Estou particularmente otimista em relação ao futuro, pois a velocidade com que estamos gerando esses novos insights e novo valor está aumentando.

Basta observar o contraste marcante na velocidade de resposta da humanidade às pandemias do século XXI, como a H1N1 (gripe suína) ou a COVID-19, em comparação com a pandemia de pólio da primeira metade do século XX.

Foram necessários 47 anos desde a descoberta do vírus mortal da pólio até que a primeira vacina estivesse disponível em 1955. Já no caso da gripe suína (H1N1), bastaram 16 meses entre a identificação do primeiro caso nos Estados Unidos, em abril de 2009, e a disponibilização das novas vacinas que permitiram à OMS declarar o fim da pandemia em agosto de 2010.

Dez anos depois, o intervalo entre a detecção e a vacinação na pandemia de COVID-19 pode ser ainda menor. Apenas cinco meses se passaram desde o primeiro caso registrado nos Estados Unidos, e três vacinas já estão entrando em estágios avançados de testes clínicos neste verão.

Esse tipo de aceleração na pesquisa médica é possível graças a tecnologias como a Precision Medicine Platform, desenvolvida pela Hitachi Vantara para a American Heart Association. A "PMP" reduziu de semanas para apenas uma hora o tempo necessário para executar trilhões de testes em terabytes de dados individuais de centenas de milhares de pessoas. Agora, essa mesma tecnologia está sendo aplicada na luta contra a COVID-19. Saiba mais no vídeo da entrevista da HVTV abaixo.

Avanços como esses estão acontecendo em muitos outros setores.

Os dados estão ajudando a enfrentar a escassez de água, um problema para bilhões de pessoas em todo o planeta. De acordo com o Banco Mundial, quatro bilhões de pessoas vivem com escassez de água durante pelo menos um mês por ano. O Banco estima que até 30% da água distribuída por concessionárias se perde nas redes de abastecimento.

No Reino Unido, a Vodafone e a SouthEast Water realizaram um teste utilizando hidrômetros inteligentes, sensores e registradores acústicos especializados para coletar dados sobre o estado da rede de encanamentos, permitindo a identificação de reparos necessários com precisão milimétrica. O sucesso dessa iniciativa pode gerar enorme valor econômico, ambiental e social em todo o mundo.

Tanto minha esposa, uma maravilhosa mulher brasileira, quanto eu estamos entusiasmados com o potencial dos dados para ajudar a preservar recursos naturais e espécies ameaçadas, como as que vivem nas florestas tropicais do mundo. A Hitachi Vantara está colaborando com a Rainforest Connection para analisar dados acústicos captados por celulares reciclados alimentados por energia solar para monitorar a floresta tropical em busca de sinais de desmatamento ilegal. Futuramente, nossos algoritmos também permitirão que os pesquisadores ouçam os sons da floresta tropical para rastrear e proteger espécies.

Essas histórias de sucesso ainda em seus primeiros passos têm, em seu cerne, soluções com potencial de valor imenso para qualquer empresa do mundo. Cada uma descobriu como levar os dados certos ao lugar certo, no momento adequado, para que os melhores especialistas pudessem desenvolver as soluções certas para os maiores desafios do mundo.

Esta é a nossa visão na Hitachi Vantara. Enxergamos um potencial incrível nos dados, que podem "promover o bem" por meio da vantagem em infraestrutura de dados que oferecemos aos nossos clientes; por meio dos insights gerados pelas tecnologias de gestão e análise de dados do Lumada; e por meio dos nossos serviços e da equipe de consultoria de excelência, que ajudam as organizações a desenvolver a cultura e os processos necessários para transformar dados em valor.

Nosso portfólio é motivo de orgulho, mas o que mais me dá confiança de que a Hitachi Vantara é capaz de resolver desafios de dados que outros não conseguem é a profunda expertise industrial que temos em todo o Grupo Hitachi, nos setores de manufatura, saúde, energia, transporte e muitos outros. A Hitachi opera mais de 400 fábricas. Administra hospitais. Fabrica equipamentos de diagnóstico por imagem. Opera redes elétricas e serviços ferroviários. Agora, com a Hitachi Vantara, estamos reunindo toda essa expertise digital e propriedade intelectual para a criação de um novo tipo de empresa com um novo tipo de missão.

Estamos construindo um negócio digital para uma sociedade digital, e nunca estive tão confiante de que seremos capazes de aproveitar o verdadeiro valor dos dados, para que minha filha cresça otimista em relação ao futuro e preparada para ajudar a resolver os problemas do mundo.